Nesta segunda-feira, 10 de junho, o Governo do Amapá deu início à operação “Virtude", que visa respostas rápidas e eficientes no combate à violência contra pessoas idosas. As ações preventivas, educativas, ostensivas e repressivas seguem até o dia 12 de julho em todo o Brasil.
A atividade faz parte do 'Junho Violeta', mês dedicado à conscientização e combate à violência contra idosos. Promovida pelo Ministério da Justiça e coordenada no estado pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a operação é executada pela Polícia Civil, através da 5ª Delegacia de Polícia da Capital, com apoio da Polícia Militar.
"Esta operação tem o objetivo de conscientizar a população, atuando de forma preventiva e, principalmente, repressiva. Inicialmente, estaremos em Macapá e Santana, mas a operação se expandirá para diversas cidades, abrangendo 14 municípios do estado", destacou o secretário adjunto de Segurança Pública do Amapá, Marko Scaliso.
A operação aborda todos os tipos de violência contra idosos, incluindo agressões físicas, psicológicas, sexuais, patrimoniais e institucionais. De acordo com a delegada titular da 5ª DPC, Lívia Pontes, mais de mil boletins de ocorrência foram registrados de janeiro até o início de junho em todo o estado.
"Foram 1.030 ocorrências registradas, e o que mais chama a atenção é que muitos desses crimes são cometidos por pessoas próximas, como filhos, netos e sobrinhos. Abandono, negligência, violência psicológica e financeira são os crimes mais comuns", destacou Lívia Pontes, coordenadora estadual da operação “Virtude”.
Este ano, a Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar também participa da iniciativa. O apoio operacional e preventivo segue os planos de integração das forças de segurança para ampliar o número de idosos atendidos e reforçar a rede de atendimento.
"A Patrulha Maria da Penha atuará principalmente no viés preventivo e educativo, realizando palestras de conscientização para informar a sociedade e garantir que os idosos conheçam seus direitos e denunciem qualquer situação de violência", explicou a tenente da PM e coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Waldenice Nogueira.
As denúncias podem ser feitas pelo número 190, com o Centro Integrado de Operações e Defesa Social (Ciodes) direcionando o caso às equipes competentes. As denúncias são gratuitas, anônimas e recebem um número de protocolo para acompanhamento do processo.
Em âmbito nacional, as denúncias podem ser realizadas através do Disque 100, ou pelo Disque Direitos Humanos via WhatsApp no número (61) 99611-0100. Também é possível denunciar pelo aplicativo Telegram e pela página da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos no site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.