A inadimplência da Fundação Municipal de Cultura (Famcult) com artistas locais de Macapá tem gerado forte insatisfação entre profissionais da arte que se apresentaram em 2024. Segundo denúncias, a autarquia ainda não realizou os pagamentos referentes a diversas apresentações do ano passado, mesmo já tendo anunciado novas atrações e editais para eventos em 2025.
Sob a gestão do vereador licenciado Caetano Bentes, a Famcult é alvo de críticas por priorizar o pagamento antecipado de altos cachês a artistas de renome nacional, enquanto os profissionais locais enfrentam atrasos que já ultrapassam quatro meses. Muitos desses artistas relataram, sob anonimato por medo de represálias, que ainda aguardam o pagamento de valores entre R$ 3 mil e R$ 10 mil por apresentações realizadas no Macapá Verão, festividades de fim de ano e outros eventos ao longo de 2024.
A disparidade no tratamento entre artistas locais e nacionais é o principal ponto de contestação. Enquanto shows de artistas de fora, com contratos que chegam a R$ 500 mil, são pagos antes das apresentações, os artistas da cidade seguem sem previsão de recebimento, mesmo após terem cumprido suas obrigações contratuais.
A frustração cresce diante do anúncio de novos eventos para 2025, como a programação da Semana Santa, enquanto pendências financeiras referentes ao ano anterior permanecem sem solução. Muitos artistas afirmam depender exclusivamente desses recursos para sua sobrevivência e cobram mais respeito e valorização por parte da administração municipal.
Eles pedem que a Famcult cumpra com urgência seus compromissos financeiros e reconheça o valor da cultura local, garantindo tratamento igualitário aos talentos de Macapá. A falta de pagamento tem causado desmotivação e dificuldades financeiras para diversos profissionais do setor artístico-cultural da capital amapaense.