No domingo, 9 de junho, com o apoio do Governo do Amapá, oito candidatas disputaram o título de "Pérola Negra 2024", um concurso que celebra a beleza, a ancestralidade e o empoderamento das mulheres amapaenses. A grande vencedora desta edição foi Nicole Picanço, de 19 anos, representante do Grupo de Passista Raiz.
O evento ocorreu no Anfiteatro do Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, no bairro Laguinho, em Macapá, e foi organizado pelo estilista, produtor cultural e colunista social Ray Balieiro. Este ano, o concurso contou com o apoio da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo) e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
“Todas as candidatas se prepararam muito. Esse não é só um concurso de beleza, mas também de valorização da nossa negritude, que é o que nos faz especiais. No fim, deu tudo certo e sou muito grata pelo apoio de pessoas que acreditam no potencial da mulher amapaense”, afirmou Nicole, emocionada.
As concorrentes ao título incluíram Mara Duarte, representando o bairro Infraero; Fabiana Gomes, de Mazagão; Raquele Carmo, do grupo Marabaixo Rosa Açucena; Lucélia Santos, do grupo Família Ribeiro; Andreza Bandeira, dos Passistas Tucujus; e Dominic Rodrigues, dos Boêmios do Laguinho.
“O concurso é um dos mais tradicionais do Amapá e tem como proposta a valorização da beleza negra feminina. Foi retomado em 2019 de forma independente, mas este ano recebemos o apoio do Governo do Amapá, o que tornou possível essa magnífica edição de 2024”, destacou o organizador Ray Balieiro.
Vencedoras e participantes de anos anteriores também participaram do evento. A faixa foi repassada à sucessora por Bruna Barbosa, vencedora da última edição do evento. Dominic Rodrigues ficou em segundo lugar e Fabiana Gomes em terceiro.
A entrega da coroa à vencedora foi realizada pela diretora-presidente da Fundação Marabaixo, Josilana Santos, que ressaltou a importância dos concursos para as mulheres negras amapaenses.
“Não é só um simples concurso de beleza. É também uma ferramenta de incentivo à autoaceitação, pois é uma quebra de paradigmas. Aqui, celebramos a ancestralidade e a particularidade da beleza negra, e isso também é resistência”, afirmou Josilana em seu discurso.