Entre os dias 21 e 25 de novembro, o Governo do Amapá e o Ministério da Saúde (MS) se unirão para avaliar os impactos na saúde provocados pela seca e pelos incêndios intensificados pelas mudanças climáticas. Técnicos da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, do MS, farão um diagnóstico em campo das ocorrências, planejando ações estratégicas integradas para enfrentar essas emergências. A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) do Amapá dará suporte à iniciativa.
A primeira cidade a ser visitada será Tartarugalzinho, na região central do estado, localizada a 230 km de Macapá. Em outubro de 2023, o município teve situação de emergência reconhecida pelo Governo Federal devido à seca. A população enfrentou problemas como falta de água tratada, em razão da baixa no nível dos rios, e doenças respiratórias causadas pelas queimadas.
Segundo Cássio Peterka, superintendente da SVS, o diálogo com as comunidades será essencial para construir um plano de respostas eficaz. "Ouvindo a população, teremos referências reais sobre o cenário de cada município e suas necessidades", afirmou.
As ações principais incluem o monitoramento e controle de doenças relacionadas à água, fortalecimento da vigilância epidemiológica, assistência a problemas respiratórios decorrentes da fumaça e suporte à vulnerabilidade nutricional, principalmente nas populações indígenas e ribeirinhas.
Edenilo Barreira, diretor do Departamento de Emergência e Saúde Pública do MS, destacou que o Amapá é o sexto estado a receber essa equipe. "Vamos mapear os pontos críticos e elaborar um plano de respostas rápidas para minimizar o impacto sobre a população," concluiu.