Na manhã desta quinta-feira, 3 de julho, a Polícia Civil do Amapá, por meio da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio de Santana (DCCPS), com o apoio da 1ª Delegacia de Santana e do Ministério Público Eleitoral, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão. As diligências ocorreram nas residências de quatro servidores públicos do município e no depósito da Prefeitura de Santana.
Segundo o Delegado Danilo D’Ávila, adjunto da DCCPS, a investigação, presidida pelo Delegado Fábio Araújo, teve início com o registro de furto de objetos. No entanto, durante as apurações, constatou-se que se tratava de uma falsa comunicação de crime e que os fatos estavam relacionados a crimes eleitorais, incluindo compra de votos e peculato. As investigações indicam que bens pertencentes à Prefeitura, como motores de embarcações, estariam sendo doados à população sem processo legal, em troca de apoio político. Curiosamente, esses mesmos objetos haviam sido registrados anteriormente por um dos investigados, servidor público municipal, como material furtado do depósito.
"O principal suspeito, líder do esquema, é esposo de uma candidata a vereadora na última eleição. Nós conseguimos apreender diversos celulares, notebooks e papéis que podem ajudar na investigação não só para confirmar a autoria e a confirmação desses crimes, como também a identificar novas pessoas que possam estar envolvidas nesses fatos. Fomos no depósito com o intuito de verificar a quantidade de motores que ainda existiam lá, para ver se batia com a quantidade de motores que temos na investigação. Também foi decretado pelo TRE a quebra do sigilo telemático e extração dos dados apresentados e apreendidos nessa operação", afirmou o Delegado Danilo.
Foi solicitada a apreensão de bens e dos ativos financeiros dos envolvidos, que tiveram todas as contas bloqueadas. Além disso, houve o afastamento cautelar dos investigados de seus cargos públicos, a proibição de acesso e frequência a repartições públicas e prédios vinculados à administração municipal enquanto a investigação estiver em andamento, e a proibição de contato entre os investigados.